Ensino médio deve promover a mobilidade global

Educação bilíngue, conteúdo multidisciplinar sobre outras culturas e intercâmbio preparam adolescentes para o mundo

 

Ser um cidadão global é primordial na época em que vivemos. A era digital invadiu todas as áreas da vida e as redes sociais tornaram possível conversar em tempo real com qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. As oportunidades acadêmicas e profissionais em outros países também estão cada vez mais acessíveis e interessantes. Os estudantes de hoje, que serão os profissionais de amanhã, devem estar preparados para transitar nesse universo com segurança e conhecimento.

Sônia Campelo, coordenadora pedagógica da Rede Alfa, ressalta que o primeiro passo é aprender a falar inglês fluentemente. “O inglês é a língua universal e dá acesso a qualquer lugar do mundo para estudar, trabalhar, passear ou conhecer. E não é falar para se virar, mas falar de verdade, com a pronúncia correta e compreender como se estivesse em outro país mesmo. Por isso, o ensino bilíngue é essencial”, observa.

 

Outro ponto importante é o repertório cultural. É necessário extrapolar os limites e conhecer outras realidades. Por exemplo, o aluno tem que saber que há fuso horário em outros países, que em determinadas culturas as vestimentas são diferentes. E esse conhecimento pode ser trabalhado nas mais diversas matérias. A cidadania é o terceiro requisito mais importante da mobilidade global. Para respeitar outras culturas, é preciso ser um cidadão responsável e consciente, entender o seu papel dentro da sociedade e saber que cada atitude terá uma consequência que trará benefícios ou prejuízos.

 

“No ensino médio da Rede Alfa, o foco é a mobilidade global. Além do ensino bilíngue, temos o High School, no qual o aluno recebe o certificado brasileiro e o americano e pode fazer faculdade em qualquer lugar do mundo. Os alunos também fazem intercâmbio em universidades americanas para treinar a língua e vivenciar a cultura local, aprendendo a respeitar as diferenças”, acrescenta Sônia.

 

Mobilidade global na prática

A estudante Manuela Ereno da Silva, 16, entrou na Rede Alfa em 2011. Desde criança sempre foi incentivada a aprender novas línguas, além de se espelhar no exemplo da irmã mais velha, que estudava inglês. Manuela já tinha o sonho de viajar para o exterior e, quando surgiu a possibilidade de fazer intercâmbio no High School do Alfa, não teve dúvidas. “A experiência de fazer um intercâmbio pela primeira vez foi única e inesquecível. Eu e outros alunos tivemos a oportunidade de viajar para o Estado de Missouri, nos Estados Unidos, durante três semanas. Durante esse período, conhecemos a Universidade de Missouri, visitamos pontos turísticos e fizemos amizade com pessoas do mundo inteiro. A comunicação é a chave para qualquer coisa, principalmente quando se fala em viajar para o exterior. Então, se não fosse pelo ensino bilíngue, dificilmente conseguiria fazer amizade com pessoas de outros países”, conta.

 

 

A estudante pretende fazer faculdade e trabalhar fora do Brasil e acredita que o High School, mais do que aprofundar o estudo do inglês, possibilita aprender conteúdos que vão além do currículo base, como marketing e economia. “Acho que ter a oportunidade de ter aulas com professores estrangeiros já é uma experiência única. Além disso, ter contato com matérias diferentes das que as pessoas estão acostumadas na escola regular nos deixa mais preparados para os desafios da vida”, afirma.

 

Natalia de Almeida Mariotto, 17, cursa o terceiro ano do High School da Rede Alfa e sempre se interessou em aprender inglês, principalmente por causa do mercado de trabalho. “Além da fluência no inglês, você aprende a pensar no idioma. E, como você tem as matérias na língua inglesa, seu vocabulário se expande muito. O que mais acho interessante no programa são as matérias de governo e economia, porque são importantíssimas e não temos no currículo brasileiro”, comenta a estudante, que pretende fazer intercâmbio e estudar no exterior.

 

Natalia viajou para os Estados Unidos com os pais e salienta que saber falar o idioma foi fundamental para resolver as situações que surgiram na viagem. “Tive que mudar um voo de última hora e só consegui resolver por causa do inglês. O ensino bilíngue foi extremamente importante, pois meus pais não falam a língua”, finaliza.


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