O meu nome é Joana Perardt e sou Acadêmica de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Desde nova, sonhei com o dia em que eu poderia começar um texto dessa maneira. Mesmo achando que talvez isso pudesse ser inalcançável, Medicina sempre foi minha única opção de curso. Estudei a vida toda em escola pública e, por isso, sabia o quão difícil era. E, para dificultar um pouco mais, essa também era minha única opção, pois eu não teria condições para arcar com os custos de uma universidade privada. Com o apoio da minha família, no final do meu terceiro ano do Ensino Médio, decidi que faria cursinho pré-vestibular no Alfa.
Minha família é de uma pequena cidade no interior do Paraná chamada Verê, então eu saí de casa e fui morar em Pato Branco, 50km longe dos meus pais, para dar início à luta pelo meu sonho. Eu estava lá só para isso, então eu estudava do início da manhã até a noite. Fiz isso por dois anos. Meu foco sempre foi o Enem, pois eu sabia que, para onde eu passasse, eu iria.
No final do segundo ano, após a prova do Enem, eu estava triste porque não tinha esperança de que teria nota suficiente para entrar em alguma universidade. Ao mesmo tempo, me sentia aliviada por ser nova e ter tempo de tentar mais um ano. Lembro que, ainda antes de sair o resultado, cheguei na sala da Chadia – diretora da escola – e disse a ela que eu precisava da vaga de monitora no próximo ano, pois seria muito difícil, senão impossível, pagar a mensalidade por mais um ano. Chadia olhou para mim e pediu para que eu ficasse calma e fizesse a prova de bolsa porque sabia que eu tinha grande chance de conseguir. Segui os conselhos dela e ela estava certa! Consegui bolsa de 100% para o próximo ano. Eu estava animadíssima para esse ano de pré-vestibular, eu sentia que seria o último.
As aulas iniciaram e na segunda semana, no dia 22 de fevereiro de 2022, saiu o resultado do SiSU (daquele que eu não estava confiante). Eu estava na sala tendo aula de Matemática com o Sander, quando o Guilherme, coordenador, entra na sala e fala: “Joana, vem aqui fora, por favor.” Na hora, eu só consegui pensar em coisa ruim, mas ele logo disse que o resultado do SiSU havia sido divulgado e queria ver se eu tinha conseguido. Quando o Guilherme abriu a lista e meu nome estava lá, eu só consigo lembrar de começar a chorar. Foi a maior emoção que eu senti na vida.
O que eu aprendi com isso tudo é que devemos aproveitar o processo. Estar com pessoas que apoiam o nosso sonho é fundamental. E isso no Alfa nunca faltou: APOIO. O Guilherme, a Chadia e todos os demais colaboradores sempre estavam lá animados para nos receber e para nos motivar, mesmo nos piores dias. Hoje eu estou aqui do outro lado do país realizando o meu sonho e afirmo: se você lutar pelo seu sonho, ele vai SIM se tornar realidade, batalhe e confie.
