Como a Tecnologia pode contribuir com o aprendizado no Ensino fundamental

Com planejamento e motivação, aulas podem ser high-tech e promover os conhecimentos teórico e prático

 

Os métodos de ensino das escolas mudaram ao longo dos anos, especialmente por causa da influência da tecnologia e da internet. Atualmente, os alunos possuem um repertório muito mais abrangente de conhecimento e as informações estão acessíveis a qualquer hora e em qualquer lugar. O professor não é mais o principal detentor da informação e o aluno pode chegar a um nível superior ao dele se tiver condição e discernimento para escolher o que deseja.

Neste contexto, o desafio é gerar interesse e aproveitar o uso da tecnologia ao seu favor. “A primeira coisa que as pessoas pensam é em computador, tablet e celular quando se fala em tecnologia. Mas é muito mais que isso e não podemos ignorá-la. Usar uma máquina para construir algo é usar tecnologia na sala de aula”, explica Sônia Campelo, coordenadora pedagógica da Rede Alfa.

 

Para Sônia, ser high-tech não basta, pois muitas vezes é feito um investimento altíssimo, porém, com resultados insatisfatórios. Nenhuma tecnologia será eficiente se o aluno não for motivado a estudar, especialmente na segunda etapa do ensino fundamental, que vai do sexto ao nono ano. Neste período, os alunos precisam de mais motivação para criarem o hábito do estudo. “A tecnologia tem que agregar e ajudar. Nós temos jogos e atividades no portal da escola, temos uma sala para dar aulas específicas e sempre associamos a algum conteúdo. O professor pode pedir uma pesquisa sobre vulcão. O aluno vai ler e copiar o que pesquisou. Mas isso não resolve. O aluno precisa ter uma posição ativa. Para isso, o professor pede para o aluno construir um vulcão. Dessa forma, ele irá se envolver, criar uma bagagem e aprender a ter discernimento para saber quais informações serão importantes e quais poderão ser descartadas. Nosso papel é ensinar o que usar e como usar”, esclarece a coordenadora pedagógica.

 

 

Feira une tecnologia e conhecimento

Sônia Campelo destaca que a Feira de Ideias Inteligentes, promovida em todas as unidades da Rede Alfa, é um exemplo no qual o conteúdo teórico associado ao uso da tecnologia promove a obtenção do conhecimento na prática. Os alunos criam, desenvolvem, constroem e montam coisas. “Até para construir uma casinha de cachorro é necessário usar tecnologia. E aproveitar todos os equipamentos que estão ao nosso dispor no aprendizado dos adolescentes é fundamental. A tecnologia deve ser usada sim e de maneira controlada, ou seja, de acordo com o que está proposto na aula”, observa.

 

A Feira de Ideias Inteligentes é uma evolução da Feira de Ciências. Ela acontece uma vez ao ano e cada unidade da Rede Alfa recebe as diretrizes do projeto e escolhe o assunto a ser trabalhado. Diversos temas já foram usados como mote para projetos, como a Copa do Mundo e livros ligados a habilidades socioemocionais. Os alunos são divididos em equipes, que recebem suporte de um professor orientador no desenvolvimento das ideias e na apresentação. “Em uma edição, por exemplo, a professora de geografia trabalhou o uso de reciclados. Os alunos confeccionaram roupas e fizeram um desfile com suas criações. Nosso foco não é o formato da tecnologia, mas o conhecimento que ela pode proporcionar. É isso que fará diferença”, finaliza.


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